O Festival Música d'Ponte congrega culturas, gentes, artes e os seus artístas.
3ª Edição Festival Música d'Ponte 2023 - Oficinas
Inscrições Encerradas
Ações de formação de Curta Duração
6h
por
Daniel Pereira Cristo e Rui Silva
Destinatários:
Professores dos grupos 100, 110, 150, 250, 610, todos os grupos M e todos os interessados
Datas e horário:
- Sábado - 7 de outubro - 10h/12h e 14h/15h
- Domingo - 8 de outubro - 10h/13h (Concerto com os participantes dos workshops das 12h/13h)
Valor da inscrição:
Sócios da APEM1 - gratuito com certificado acreditado pelo CFAPEM para os grupos 100, 110, 150, 250, 610 e todos os grupos M.
Não Sócios2 - gratuito com certificado de participação.
1Os sócios com as quotas em dia, devem fazer o login no site da APEM, para beneficiarem do certificado acreditado pelo CFAPEM.
2Torne-se sócio para obter o certificado acreditado pelo CFAPEM ao inscrever-se nesta formação. Clique aqui para saber mais.
Local:
Mosteiro de Tibães - Rua do Mosteiro, nº59, 4700-565 Mire de Tibães
Objetivos a atingir:
- Dar a conhecer aos utilizadores de guitarra clássica a diversidade dos cordofones tradicionais portugueses, em particular a família das Violas de Arame (as violas portuguesas);
- Motivar os professores para o recurso aos cordofones tradicionais nas suas práticas letivas, partindo da sua sonoridade "exótica" e única;
- Contribuir de forma viva e prática para a preservação do património etnomusicológico português.
Conteúdos:
- Cordofones Tradicionais (Cavaquinho, Braguesa e outras Violas Portuguesas):
- História, características, afinações e encordoamento;
- Os cordofones na cultura portuguesa e universal (identidade e diversidade);
- Formações artísticas (grupos etnográficos, formações contemporâneas e apresentações clássicas e eruditas);
- Perspetiva educativa – potencialidades de utilização em contextos educativos;
- Algumas técnicas de ponteado e rasgado.
Metodologias de realização da ação:
Parte 1:
- Apresentação, contextualizando os cordofones tradicionais do ponto de vista histórico, acústico, artístico e do ponto de vista da performance, incluindo exemplos de práticas artísticas.
- Discussão e debate em grupo.
- Apresentação dos critérios para a escolha de instrumentos e encordoamento, em função das afinações e da técnica de colocação e calibração de cordas.
- Apresentação de algumas técnicas de ponteado e rasgueado.
Parte 2:
Trabalho em pequenos grupos:
- Os vários grupos dar-se-ão a conhecer entre si, expondo expetativas e dúvidas para uma formação direcionada ao nível dos formandos;
- Cada grupo terá um monitor dedicado, com a supervisão do formador Daniel Pereira Cristo, procurando ir sempre ao encontro das dúvidas e anseios de cada um.
- Para além do contacto e da "visita" a vários tipos de repertório e melhorias/ aprendizagem das técnicas dos instrumentos, haverá a preparação de uma ou duas músicas em comum, para uma apresentação conjunta no dia seguinte.
Objetivos a atingir:
Esta formação tem como objetivo introduzir o adufe enquanto instrumento de percussão tradicional, abordando as questões técnicas performativas básicas: postura corporal, a importância do peso, gravidade, movimento e equilíbrio, a posição e função das mãos, movimento de pivot, sons básicos tradicionais, padrões rítmicos tradicionais e o acompanhamento do canto.
Pretende ser um momento de experimentação do adufe, das cantigas e das suas potencialidades como ferramenta pedagógica.
Conteúdos:
Para o desenvolvimento da ação serão utilizados vários exercícios técnicos do Método de Adufe (Parte I, Rui Silva) e três cantigas de adufe tradicionais da aldeia de Monsanto, Idanha-a-Nova: "Rigotão", "A Margaça" e "Taimpum".
Será feita uma breve introdução ao sistema rítmico silábico e à notação, adaptados ao adufe.
Metodologias de realização da ação:
Esta ação de formação constará da realização de exercícios práticos, com adufe, em grupo e através da imitação. Estes exercícios terão um caráter repetitivo, com vários níveis de realização e dificuldade (dizer o ritmo, tocar, tocar e dizer, tocar/dizer e associar um movimento corporal , etc.).
As cantigas serão aprendidas a partir de registos áudio de grupos tradicionais. Após uma breve análise e contextualização, as cantigas serão memorizadas, desconstruídas e exploradas criativamente seguindo vários passos até se reconstruir a performance das mesmas com os participantes da formação.
A aprendizagem da estrutura, da melodia e da letra é feita em paralelo com os exercícios técnicos básicos no adufe.
Bibliografia:
Método de Adufe - Parte I (Rui Silva, 2022, ea)
Daniel Pereira Cristo
Daniel Pereira Cristo é um músico, multi-instrumentista e cantautor bracarense, apaixonado pela música e instrumentos de raiz desde muito cedo, pela mão do pai também músico e fundador do grupo Origem Tradicional e do Grupo Cultural de S Mamede de Este, que acabaram por ser a sua grande escola de música e de vida. Neles ingressou com 10 anos, tendo aprendido vários instrumentos e canções tradicionais com os tocadores mais velhos, evoluindo sempre de forma autodidata, entre a teoria musical da escola e as novas aprendizagens.
Na Universidade do Minho, onde se licenciou em Ensino de Física e Quimica ingressou o Teatro Universitário do Minho e foi ensaiador, arranjador e director artístico da Azeituna (uma das tunas mais conceituadas do país). Deu aulas de cordofones tradicionais na Associação Recreativa e Cultural da Universidade do Minho, no IPCA em Barcelos, nas Academias de Música NuguelMusic e Headphone, e mais recentemente no Curso Livre do Conservatório Gulbenkian em Aveiro.
Depois de ter passado por diversos projectos musicais (Origem Tradicional, Suspeitos do Costume, Arrefole, Neurónios Abariados, Dança dos Homens, etc), dedica-se à carreira em nome próprio, tendo editado pela Associação Museu Cavaquinho, onde colabora com Júlio Pereira, o álbum "Cavaquinho Cantado". Vencedor do Galardão de Música "A Nossa Terra" em Braga em 2017, é galardoado com o Prémio Carlos Paredes em 2018. A partir daí, teve um trajeto recheado de momentos importantes, a Residência Artística na RTP1 no programa 7 Maravilhas à Mesa, um grande concerto no Terreiro do Paço para mais de 200 mil pessoas na passagem de ano 18/19 e vários concertos procedentes com muitos convidados de renome da cena artística nacional e internacional, com quem percorreu grandes palcos e festivais (Júlio Pereira, Ana Bacalhau, Rão Kyao, Tatanka dos Black Mamba, João Só, Uxia, Xabier Diaz, Aline Frazão, Manuel de Oliveira, entre outros).
A aposta passa agora por continuar a inovar, sem nunca deixar de ser fiel a um objetivo maior, que é o de mostrar ao mundo a riqueza das nossas raízes musicais, sonoridades, composições e instrumentos, com o novo e fundamental rigor que lhe é reconhecido.
Rui Silva
1984, Coimbra. Artesão de adufes, músico e professor de percussão.
Especializou-se em Percussão Histórica, tendo sido aluno do extraordinário percussionista espanhol Pedro Estevan, no Master en Interpretación de Música Antigua – Percusion Histórica na ESMUC/UAB (Barcelona, Espanha, 2012).
Juntamente com o compositor Bruno Gabirro criou "Aduf&lectrónica", um dueto que explora o diálogo entre o adufe e a electrónica em tempo real através de novas composições que pretendem expandir a linguagem técnica, sonora e musical do adufe. Em Maio de 2022, gravaram o primeiro disco através da MisoMusic Portugal, no O´Culto da Ajuda, Art Music Centre, que será lançado em breve.
É músico convidado da Orquestra Barroca da Casa da Música (timbales barrocos e percussão histórica).
É músico da Capella Sanctae Crucis, Nouvelles Musiques Anciennes du Portugal (2013-), dirigido por Tiago Simas Freire, que em 2017, lançou "Zuguambé" (Harmonia Mundi), CD de estreia inteiramente composto por obras do extraordinário e inédito acervo da escola de Santa Cruz de Coimbra.
Em Setembro de 2022, voltou ao Teatro Nacional São João para a reposição do espectáculo "Talvez… Monsanto" do encenador Ricardo Pais (estreado em 2020), com quem colabora regularmente "Caixa de Música" (2008), "Almada Nada" (2014).Tocou com as Sete Lágrimas Consort de Música Antiga e Contemporânea (2009-2021), com quem gravou vários CDs e tocou nos mais importantes palcos e festivais de música antiga da Europa e Macau.
Em 2018-2019, como percussionista do Ensemble Med, dirigido por Daniela Tomaz, realizou vários concertos e formações de adufe no âmbito do projecto "Diálogo Intercultural no Mediterrâneo Medieval", um projecto co-financiado pela DGARTES. Foi ainda co-fundador e director artístico dos Encontros Med, realizados em Monsanto.
A sua prática performativa é profundamente marcada pela Tradição Oral do adufe, frame drum tradicional português de formato quadrangular. Nos últimos 12 anos, tem desenvolvido uma intensa investigação junto de adufeiras e artesãos da região da Idanha-a-Nova (e Paúl), aprendendendo, registando, transcrevendo e analisando o processo construtivo, as práticas performativas, a técnica, linguagem e contexto tradicional actual.
Criou o conceito "Adufe Moderno", que define a exploração de novas técnicas performativas e de expansão da linguagem do adufe a partir de outros frame drums tradicionais. Abrange ainda a sistematização de um método de ensino de adufe e das cantigas de adufe absolutamente inovador, partindo da adaptação do sistema rítmico silábico indiano, da desconstrução e compreensão das técnicas e ritmos tradicionais e de exercícios de coordenação psico-motora.
Desde 2012, através do seu projecto AL-DUFF (2012-2015) e não só, orientou mais de 100 workshops sobre o toque tradicional para mais de 1000 participantes. Transcreveu e publicou ritmos tradicionais e canções de adufe, fez comunicações em congressos e publicou artigos (SILKROADIA Webzine Dec. 2021; Iconografia Musical: organologia, construtores e prática musical em diálogo CESEM, Universidade Nova, 2017, entre outros), participou em programas de rádio e televisão, exposições, etc. Foi professor de adufe convidado na Sibellius Academy (Fin.) e na Academy of Performing Arts de Tillburg (Hol.).
Em Outubro de 2022, publicou o seu "Método de Adufe – Parte I (Iniciação), um método que sintetiza a técnica, a linguagem e os conceitos básicos do adufe tradicional.
Em 2013 lançou a sua marca de artesão. Os seus adufes aliam os processos construtivos artesanais à constante inovação. O seu trabalho tem sido determinante para projectar o adufe para o séc. XXI, como um instrumento versátil, fiável e musicalmente mais desafiante e capaz. Das inovações introduzidas destacam-se: o sistema de afinação, a estrutura com espessura variável e os dois lados sonoros distintos.
Foi um dos finalistas do Prémio Nacional de Artesanato 2020, na categoria de INOVAÇÃO e é artesão do Centro Artesanato e Design dos Açores.
Como representante de Idanha-a-Nova, Cidade Criativa da Unesco, foi convidado pelo festival Enjoy Jazz 2018 (Heidelberg, Alemanha) para participar no projecto de poesia e música improvisada "Von Salz und Liebe" de R. Dutli (poesia e voz), juntamente com Paata Demurishvili (piano) e Michał Zdrzałek (trompa e electrónica).
Desde 2013, participa regularmente no Tamburi Mundi – Festival Internacional de Frame Drums como músico, professor e artesão.
Estudou percussão erudita na Escola Profissional de Música de Espinho (2002-2005) e na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo no Porto (2005-2009).
Vive nas Lajes do Pico, nas ilhas portuguesas dos Açores, onde dá aulas particulares de Bateria/Percussão, tem a sua oficina de adufes e dá cursos de adufe ONLINE.
Informações:
apem associação portuguesa de educação musical
1500 – 712 Benfica - Lisboa
21 778 06 29
932 142 122
A APEM
A Associação Portuguesa de Educação Musical, APEM, é uma associação de caráter cultural e profissional, sem fins lucrativos e com estatuto de utilidade pública, que tem por objetivo o desenvolvimento e aperfeiçoamento da educação musical, quer como parte integrante da formação humana e da vida social, quer como uma componente essencial na formação musical especializada.
Cantar Mais
Saiba mais em:
http://www.cantarmais.pt/pt
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© Associação Portuguesa de Educação Musical
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