Em qualquer objeto existe um mundo sonoro por descobrir. Esse mundo é infinito e a sua descoberta começa na forma como lhe pegamos, sacudimos, batemos, raspamos, fazemos rolar, etc. O fascínio por essas descobertas aumenta quando, de forma lúdica, se explora a adaptação e transformação de materiais vulgares em instrumentos musicais e, sobretudo, em instalações sonoras. E se, a isto, juntarmos o jogo e a sua capacidade de articular ideias musicais e gerar composições espontâneas e colaborativas, não nos passarão despercebidas as possibilidades sonoras e musicais do mundo que nos rodeia e do qual também fazemos parte. O resultado será sempre uma surpresa que conterá exploração, construção, sentido estético, jogo, instalação, performance e muita diversão.

Viagem ao Centro do Som - Laboratório de Instalações Sonoras

Viagem ao centro do som

ESGOTADO

50h (25h presenciais + 25h trabalho autónomo) | Registo: CCPFC/ACC - 136868/25

por

Bitocas Fernandes e Carlos Batalha

Destinatários:

Professores do 2º e 3º ciclo do ensino básico

Datas:

21 de fevereiro a 13 de abril de 2026

Horário das sessões:
  • Sábado, 21 de fevereiro das 10h00 às 18h00
  • Sábado, 28 de fevereiro das 10h00 às 17h30
  • Sábado, 7 de março das 10h00 às 17h30
  • Sábado, 14 de março das 10h00 às 17h30
Localização:

Clic.Lab em Águeda

Valor da Inscrição:
  • Sócios da APEM - 75 €
  • Outros - 150€

Em qualquer objeto existe um mundo sonoro por descobrir. Esse mundo é infinito e a sua descoberta começa na forma como lhe pegamos, sacudimos, batemos, raspamos, fazemos rolar, etc. O fascínio por essas descobertas aumenta quando, de forma lúdica, se explora a adaptação e transformação de materiais vulgares em instrumentos musicais e, sobretudo, em instalações sonoras.

E se, a isto, juntarmos o jogo e a sua capacidade de articular ideias musicais e gerar composições espontâneas e colaborativas, não nos passarão despercebidas as possibilidades sonoras e musicais do mundo que nos rodeia e do qual também fazemos parte. O resultado será sempre uma surpresa que conterá exploração, construção, sentido estético, jogo, instalação, performance e muita diversão.

A criação de instalações sonoras está no centro desta proposta formativa, oferecendo um espaço artístico e educativo onde os participantes podem experimentar livremente, criar ambientes sonoros imersivos e desenvolver a escuta ativa. Esta abordagem é especialmente útil para professores do ensino básico e de educação musical, pois propõe estratégias inovadoras e inclusivas para trabalhar a música de forma transversal, criativa e participativa.

Ao envolver os alunos na construção coletiva de instalações sonoras, promove-se o trabalho em equipa, a valorização da expressão individual, o pensamento crítico e a consciência ecológica. Além disso, estas práticas despertam a curiosidade, o interesse pela experimentação artística e oferecem novas possibilidades para integrar a música no quotidiano escolar de forma significativa e lúdica.


Objetivos

  • Fomentar hábitos de sustentabilidade, transformando algo aparentemente inútil em algo útil. Conhecer as propriedades dos materiais a partir das suas características sonoras;
  • Apurar a sensibilidade auditiva e a capacidade de concentração;
  • Desenvolver a sensibilidade estética, combinando as artes performativas com as artes plásticas. Estimular competências criativas e imaginativas.
  • Promover contextos lúdicos e espaços de criação;
  • Favorecer ambientes informais de diversão e aprendizagem;
  • Desenvolver a capacidade de improvisação e adaptação;
  • Contribuir para a valorização do espaço:
    • Promover a criação coletiva com e para o espaço, contribuindo para uma nova imagem e novas valências do mesmo.

Conteúdos

  • Objetos vulgares;
  • Princípios de organologia;
  • Os materiais, recolha e categorização;
  • Fontes sonoras, amplificadores e ressoadores;
  • Música com tudo o que vem à mão;
  • Sensibilização ambiental;
  • A importância dos acumuladores de materiais;
  • Espaços típicos de recolha;
  • Construção criativa;
  • Objetos sonoros versus instalações sonoras;
  • Multiplicar para geral polifonia;
  • Criação no coletivo;
  • Aceleradores de criatividade;
  • Imaginação e inventividade;
  • Criação de novos contextos de criatividade;
  • Exploração musical;
  • Condução musical com o Miixer 3.0;
  • Construção inclusiva;
  • Música enquanto arte exploratória;
  • Improvisação e jogos musicais;
  • Sincronismo rítmico e harmónico;
  • Lidar com o caos para construir a ordem
  • Relações intra e interpessoais;
  • Avatares, interação e mudança de papéis;
  • A música como sistema social;
  • Cidadania musical.

Metodologia

Presencial

O curso será realizado presencialmente e dividido em quatro fases ou módulos, distribuídos progressivamente ao longo de quatro sessões de formação — três sessões de 6 horas e uma sessão de 7 horas — realizadas consecutivamente aos sábados.

  • Fase 1 – Exploração do Clic.Lab, uma instalação modelo (3h)
  • Fase 2 – Escolha de materiais (3h)
  • Fase 3 – Construção coletiva e criativa (12h)
  • Fase 4 – Exploração musical da instalação (4h)
  • Fase 5 – Debate criativo sobre futuras criações em contexto escolar (2h)
  • Trabalho autónomo

    Nos períodos entre as sessões, será proposto aos formandos o desenvolvimento de uma atividade individual na sua escola, com os seus alunos, na qual deverão aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo da formação: construção de instalações sonoras em contexto letivo com os alunos.

    Este trabalho será contabilizado como trabalho autónomo, com uma carga horária total de 25 horas.

    Ao final do curso, os participantes deverão ser capazes — ou estar mais aptos — a conceber instalações sonoras e explorá-las de forma criativa com os seus alunos.

    Regime de avaliação dos formandos

    A avaliação dos formandos será efetuada tendo em conta:

    • A avaliação contínua nas situações práticas da ação e na realização e participação nas tarefas propostas;
    • A apresentação de registos fotográficos e/ou vídeo da instalação sonora implementada em contexto letivo;
    • Uma breve reflexão escrita sobre alguns dos conteúdos da ação à escolha do formando.

    Na avaliação dos/as formandos/as será dado cumprimento às determinações legais, nomeadamente os nos 1 a 4 e 7 a 9 do artigo 4o do Despacho no 4595/2015 do Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, publicado no Diário da República, 2a Série, No 87, de 6 de maio, e ao Regulamento para acreditação e creditação de ações de formação contínua, de 9 de maio de 2016, do CCPFC.

    A avaliação é formalizada numa escala de 1 a 10 com a menção qualitativa de:

    • 1 a 4,9 valores – Insuficiente
    • 5 a 6,4 valores – Regular
    • 6,5 a 7,9 valores – Bom
    • 8 a 8,9 valores – Muito Bom
    • 9 a 10 valores – Excelente

    Bibliografia

    • Veloso, A. L. (2025). O som como rizoma: Para uma Educação Musical que promova a diferenciação e a pluralidade. Revista Portuguesa De Educação Musical, 151, e45. https://doi.org/10.25659/rpem.v1i151.45
    • Pialor, U. (2023). Musical instruments from recycled materials: A case study of Uthen Pialor. Journal of Urban Culture Research. Recuperado de https://www.researchgate.net/publication/383669316_Musical_Instruments_from_Recycled_Materials_A_Case_Study_of_Uthen_Pialor
    • Kariotis, K. (2020). Learning music through improvisatory games. Indiana University ScholarWorks. Recuperado de https://scholarworks.iu.edu/iuswrrest/api/core/bitstreams/af1e094b-f612-48a3-a391-0970f9cf7e3a/content
    • Bart Hopkin (1996), Musical Instrument Design , Editora See Sharp Press Murray Schafer (1991), O ouvido pensante, Fundação Editora da UNESP
    • Pierre Schaeffer (1966), Traité Des Objets Musicaux, Editora SEUIL
Bitocas Fernandes

Bitocas Fernandes

Facilitador criativo, artista plástico, performer e pedagogo. Nasceu em 1968, numa família de músicos. Estudou no Conservatório de Música de Aveiro e na Escola Profissional de Música de Espinho mas, foi de forma autodidata que desenvolveu as suas pesquisas pedagógico-musicais. Os seus métodos muito pessoais encontram-­se espelhados no projecto O Jogo Aberto que envolve design de jogos, laboratórios temáticos e eventos interativos, gerando contextos para uma prática musical mais criativa através do lúdico. Co-fundou com seus irmãos a d'Orfeu ­- Associação Cultural, coordenou o AparqA! - Centro Criativo da Alta Vila (2008-2011), atualmente, é membro fundador da Glocalmusic, cooperativa para o desenvolvimento da música criativa e colabora regularmente com várias instituições promovendo iniciativas que misturam arte, ludicidade e interação.

Carlos Batalha

Carlos Batalha

Nasceu em 1978. É mestre em Ciências da Educação – Informática Educacional e licenciado em Educação Musical. Integra a direção da APEM desde 2016 como formador, web developer e colabora na coordenação das formações do Centro de Formação da APEM. É coordenador nacional e membro do Board da European Association for Music in Schools (EAS). Foi docente em várias instituições, incluindo o Agrupamento de Escolas de Vialonga, a Escola Portuguesa de Díli, a Escola Superior de Educação de Lisboa e a Universidade Aberta, sendo formador acreditado pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua. Interessa-se por ensino a distância, desenvolvimento web, tecnologias aplicadas à música e criatividade musical.

Clique na ligação em baixo para efetuar a sua inscrição:
Olá, torne-se sócio APEM aqui para poder beneficiar de um desconto de 50% nesta formação. Caso seja sócio APEM, faça login para ter acesso ao desconto.


Informações:
apem associação portuguesa de educação musical

Praça António Baião 5B Loja
1500 – 712 Benfica - Lisboa

  21 778 06 29

  932 142 122

 Envie-nos um email

A APEM

A Associação Portuguesa de Educação Musical, APEM, é uma associação de caráter cultural e profissional, sem fins lucrativos e com estatuto de utilidade pública, que tem por objetivo o desenvolvimento e aperfeiçoamento da educação musical, quer como parte integrante da formação humana e da vida social, quer como uma componente essencial na formação musical especializada.

Cantar Mais

Cantar Mais – Mundos com voz é um projeto da Associação Portuguesa de Educação Musical (APEM) que assenta na disponibilização de um repertório diversificado de canções (tradicionais portuguesas, de música antiga, de países de língua oficial portuguesa, de autor, do mundo, fado, cante e teatro musical/ciclo de canções) com arranjos e orquestrações originais apoiadas por recursos pedagógicos multimédia e tutoriais de formação.

Saiba mais em:
http://www.cantarmais.pt/pt

Newsletter da APEM

Caros sócios, A APEMNewsletter de novembro acaba de ser publicada e encontra-se disponível para visualização no site da APEM.
Clique na imagem em cima para ter acesso à mesma.

Apoios:

 República Portuguesa
Fundação Calouste Gulbenkian

Contactos:

apem associação portuguesa de educação musical

Praça António Baião 5B Loja
1500 – 712 Benfica - Lisboa

  21 778 06 29

  932 142 122

 Envie-nos um email


©  Associação Portuguesa de Educação Musical

©  Associação Portuguesa de Educação Musical