A presente ação de formação tem por base o princípio da valorização do património cultural português e tem como missão promover o Adufe a ícone da identidade e cultura portuguesas atuais, contribuindo para o desenvolvimento da sua prática em contextos escolares.
Projeto Artístico: O Adufe - Nível II
ESGOTADO
Ação de formação Creditada
25h | Registo: CCPFC/ACC-135252/25
por
Rui Silva
Destinatários:
Professores de Música dos grupos 250, 610, M16, M17, M26, M28 e M32
Datas:
2 de fevereiro a 23 de março de 2026
Valor da Inscrição:
Sócios da APEM1 - 50 €
Não Sócios2 - 100€
1Os sócios com as quotas em dia, para beneficiarem do desconto de sócio, devem fazer o login no site da APEM.
2Torne-se sócio e poupe de imediato ao inscrever-se nesta formação. Clique aqui para saber mais.
Número máximo de participantes: 15
Modalidade:
A formação decorre maioritariamente em sessões assíncronas, de modo a que os formandos possam gerir o tempo na realização das atividades propostas, devendo apenas respeitar as datas limite. As sessões síncronas serão realizadas das 19h30 às 20h30 nos seguintes dias:
- 2 de fevereiro
- 9 de fevereiro
- 18 de fevereiro
- 23 de fevereiro
- 2 de março
- 9 de março
Requisitos mínimos/Material necessário para participar na formação:
- Adufe
- Computador com um mínimo de 2 GB RAM/2 GHz no sistema operativo MAC OS X 10.7 ou posterior, Windows 7 ou posterior ou a última versão GNU/LINUX;
- Auscultadores, câmara e microfone;
- Ligação à internet.
Sinopse:
A presente formação pretende dar continuidade ao trabalho desenvolvido no nível I e tem por base o princípio da valorização do património cultural português, que o Adufe e sua Tradição representam. Pretende promover a divulgação e preservação do Adufe através do conhecimento e interação da comunidade escolar com esta a prática musical tradicional. Aprofunda e expande os conhecimentos técnicos, teóricos e históricos/contextuais já abordados no nível I. As cantigas de adufe e os diversos cancioneiros de cada aldeia representam um património imaterial, muitas vezes apenas vivo na memória das adufeiras, que importa revitalizar, aprendendo-o e ensinando-o.
A estrutura da formação assenta numa viagem pela Beira Baixa através das suas cantigas. Pretende-se estimular a introdução do adufe e da sua tradição na criação de projetos musicais de orquestras de instrumentos tradicionais portugueses nas escolas, capacitando os formandos com as ferramentas necessárias através:
- da promoção e valorização da cultura tradicional musical portuguesa;
- da divulgação e promoção do "Adufe" como um dos símbolos icónicos da cultura popular;
- do desenvolvimento de modelos alternativos de educação não formal e informal e de práticas artísticas diversificadas e inovadoras;
- de um repertório rico e variado, que pode ser explorado nos mais diversos ângulos pedagógicos;
- do desenvolvimento de projetos musicais de escola, envolvendo as comunidades.
Objetivos a atingir:
No final da formação pretende-se que os formandos atinjam os seguintes objetivos:
Conteúdos:
- Execução dos padrões rítmicos básicos (Binário e Ternário), com ornamentação e aos andamentos executados tradicionalmente;
- Coordenação entre o ritmo da melodia (canto), o ritmo do adufe (percutido) e o movimento do corpo;
- Análise comparativa de uma amostra variada das cantigas de adufe existentes nos cancioneiros próprios de cada aldeia: nuances da prática tradicional, na execução dos ritmos, na composição e disposição dos grupos, contextos e história;
- Execução de cantigas tradicionais analisadas reproduzindo as suas características idiossincráticas;
- Estudo rítmico: as variações existentes dos padrões rítmicos tradicionais;
- Improvisação e criação com o adufe.
Metodologias de realização da ação:
A presente ação é realizada em regime de ensino e aprendizagem à distância com sessões síncronas e assíncronas Será criada uma disciplina no Moodle com todos os materiais que vierem a ser produzidos para contextualização da ação e leitura e criação de situações de aprendizagem musical.
A ação desenvolve-se em seis módulos apoiados por vídeos tutoriais de complexificação crescente para o ensino da prática musical/instrumental e reflexão sobre a criação de projetos em diferentes contextos educativos.
As sessões síncronas realizar-se-ão com recurso a videoconferências, com conteúdos essencialmente práticos, com esclarecimento de dúvidas e momentos de reflexão sobre as mesmas.
Regime de avaliação dos formandos:
- Participação nas atividades e realização das tarefas propostas;
- Elaboração de reflexão crítica individual sobre as atividades desenvolvidas.
A avaliação é formalizada numa escala de 1 a 10 com a menção qualitativa de:
- 1 a 4,9 valores – Insuficiente
- 5 a 6,4 valores – Regular
- 6,5 a 7,9 valores – Bom
- 8 a 8,9 valores – Muito Bom
- 9 a 10 valores – Excelente
Bibliografia fundamental
- SILVA, Rui - "Método de Adufe - Parte I". Lajes do Pico, Outubro de 2022, ea.
- VELEZ, Glen - "Tar Drum Manual". New York: Framedrum Music, 2004.
- DIAS, Ana Carina – "O adufe: o contexto histórico e musicológico" (tese de mestrado, 2011, Uni. Do Algarve) www.adufes.com
Rui Silva
1984, Coimbra. Artesão de adufes, músico e professor de percussão.
Especializou-se em Percussão Histórica, tendo sido aluno do extraordinário percussionista espanhol Pedro Estevan, no Master en Interpretación de Música Antigua – Percusion Histórica na ESMUC/UAB (Barcelona, Espanha, 2012).
Juntamente com o compositor Bruno Gabirro criou "Aduf&lectrónica", um dueto que explora o diálogo entre o adufe e a electrónica em tempo real através de novas composições que pretendem expandir a linguagem técnica, sonora e musical do adufe. Em Maio de 2022, gravaram o primeiro disco através da MisoMusic Portugal, no O´Culto da Ajuda, Art Music Centre, que será lançado em breve.
É músico convidado da Orquestra Barroca da Casa da Música (timbales barrocos e percussão histórica).
É músico da Capella Sanctae Crucis, Nouvelles Musiques Anciennes du Portugal (2013-), dirigido por Tiago Simas Freire, que em 2017, lançou "Zuguambé" (Harmonia Mundi), CD de estreia inteiramente composto por obras do extraordinário e inédito acervo da escola de Santa Cruz de Coimbra.
Em Setembro de 2022, voltou ao Teatro Nacional São João para a reposição do espectáculo "Talvez… Monsanto" do encenador Ricardo Pais (estreado em 2020), com quem colabora regularmente "Caixa de Música" (2008), "Almada Nada" (2014).Tocou com as Sete Lágrimas Consort de Música Antiga e Contemporânea (2009-2021), com quem gravou vários CDs e tocou nos mais importantes palcos e festivais de música antiga da Europa e Macau.
Em 2018-2019, como percussionista do Ensemble Med, dirigido por Daniela Tomaz, realizou vários concertos e formações de adufe no âmbito do projecto "Diálogo Intercultural no Mediterrâneo Medieval", um projecto co-financiado pela DGARTES. Foi ainda co-fundador e director artístico dos Encontros Med, realizados em Monsanto.
A sua prática performativa é profundamente marcada pela Tradição Oral do adufe, frame drum tradicional português de formato quadrangular. Nos últimos 12 anos, tem desenvolvido uma intensa investigação junto de adufeiras e artesãos da região da Idanha-a-Nova (e Paúl), aprendendendo, registando, transcrevendo e analisando o processo construtivo, as práticas performativas, a técnica, linguagem e contexto tradicional actual.
Criou o conceito "Adufe Moderno", que define a exploração de novas técnicas performativas e de expansão da linguagem do adufe a partir de outros frame drums tradicionais. Abrange ainda a sistematização de um método de ensino de adufe e das cantigas de adufe absolutamente inovador, partindo da adaptação do sistema rítmico silábico indiano, da desconstrução e compreensão das técnicas e ritmos tradicionais e de exercícios de coordenação psico-motora.
Desde 2012, através do seu projecto AL-DUFF (2012-2015) e não só, orientou mais de 100 workshops sobre o toque tradicional para mais de 1000 participantes. Transcreveu e publicou ritmos tradicionais e canções de adufe, fez comunicações em congressos e publicou artigos (SILKROADIA Webzine Dec. 2021; Iconografia Musical: organologia, construtores e prática musical em diálogo CESEM, Universidade Nova, 2017, entre outros), participou em programas de rádio e televisão, exposições, etc. Foi professor de adufe convidado na Sibellius Academy (Fin.) e na Academy of Performing Arts de Tillburg (Hol.).
Em Outubro de 2022, publicou o seu "Método de Adufe – Parte I (Iniciação), um método que sintetiza a técnica, a linguagem e os conceitos básicos do adufe tradicional.
Em 2013 lançou a sua marca de artesão. Os seus adufes aliam os processos construtivos artesanais à constante inovação. O seu trabalho tem sido determinante para projectar o adufe para o séc. XXI, como um instrumento versátil, fiável e musicalmente mais desafiante e capaz. Das inovações introduzidas destacam-se: o sistema de afinação, a estrutura com espessura variável e os dois lados sonoros distintos.
Foi um dos finalistas do Prémio Nacional de Artesanato 2020, na categoria de INOVAÇÃO e é artesão do Centro Artesanato e Design dos Açores.
Como representante de Idanha-a-Nova, Cidade Criativa da Unesco, foi convidado pelo festival Enjoy Jazz 2018 (Heidelberg, Alemanha) para participar no projecto de poesia e música improvisada "Von Salz und Liebe" de R. Dutli (poesia e voz), juntamente com Paata Demurishvili (piano) e Michał Zdrzałek (trompa e electrónica).
Desde 2013, participa regularmente no Tamburi Mundi – Festival Internacional de Frame Drums como músico, professor e artesão.
Estudou percussão erudita na Escola Profissional de Música de Espinho (2002-2005) e na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo no Porto (2005-2009).
Vive nas Lajes do Pico, nas ilhas portuguesas dos Açores, onde dá aulas particulares de Bateria/Percussão, tem a sua oficina de adufes e dá cursos de adufe ONLINE.
Para realizar a inscrição, clique no link em baixo:
Informações:
apem associação portuguesa de educação musical
1500 – 712 Benfica - Lisboa
21 778 06 29
932 142 122
A APEM
A Associação Portuguesa de Educação Musical, APEM, é uma associação de caráter cultural e profissional, sem fins lucrativos e com estatuto de utilidade pública, que tem por objetivo o desenvolvimento e aperfeiçoamento da educação musical, quer como parte integrante da formação humana e da vida social, quer como uma componente essencial na formação musical especializada.
A APEM é membro do Conselho de Associações Profissionais da ISME - International Society for Music Education, EAS - European Association for Music in Schools e MEP Group - Music Education Policy Group
Cantar Mais
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